quinta-feira, 12 de abril de 2007

Plágio

A noção de plágio é recente na nossa cultura. Até poucos séculos atrás, o conceito de imitação prevalecia sobre o de plágio, e era revestido de um caráter educativo ou didático ou laudatório. Imitar o estilo de Homero, ou de Camões, ou de Góngora era considerado requisito importante para um autor ser apreciado.
Hoje prevalece uma noção mais ou menos confusa de originalidade, e tudo o que não é original acaba taxado de plágio. De acordo com JPCoutinho, há diferença entre roubo e plágio (leia, vai, é sensacional). Na blogosfera, o plágio campeia, seja no estilo, seja em textos inteiros. Este aqui, por exemplo, véve reclamando que o outro plagia tudo o que posta. Já corrigi milhares de dissertações e monografias acadêmicas que o Google já conhecia por inteiro. O plágio é uma instituição internética. Como os spams ou os peixinhos sorridentes e árvores de natal das páginas de recados do orkut. Como os contos do Veríssimo que circulam por aí sem jamais terem sido escritos por ele.

Mas, apesar disso, a gente sempre acha que não vai acontecer com a gente. Até que acontece.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Aniversário

Este blogue fez aniversário. Dia 3 de abril do ano passado, eu começava esta bagunça aqui. Estou ainda longe de, como o Almirante, chegar aos mil posts. Mas em um ano, considerando-se a quantidade de outras coisas que eu fiz e o tempão que eu fiquei coçando, até que tem bastante coisa. Vou listar aqui, em forma de retrospectiva, os textos que eu acho mais interessantes.
Quem passar por aqui durante a festa pode também opinar sobre qual post gosta mais.
Então segue uma seleção deles. Os critérios são totalmente pessoais, como não poderia deixar de ser, mas acho que vale a pena ler:

a) Depressivamente falando (sobre música);

b) Sushi (sobre o filme O jardineiro fiel e outras coisas);

c) Recuperação (um poema meu de que gosto muito);

d) A Lagoa Rodrigo de Freitas (em homenagem aos meus saudosos alunos);

e) A ilha (sobre o filme);

d) Cantoras (sobre, tcharã: cantoras);

e) Censura no blogue (sobre política, tentando não usar clichês);

f) Subemprego (sobre subempregos);

g) Confesso que não li (mas olha lá, hein? de lá pra cá eu já li alguns da lista; não vou dizer quantos nem quais, mas a situação está melhor que em junho de 2006);

h) Falando sério agora (sobre o ensino particular no DF);

i) Música (sobre música, uai);

j) Segundo turno (sobre um monte de coisas; post, aliás, que me rendeu milhares de visitas googlísticas a partir do eterno questionamento: como lidar com a sogra?);

k) Uma metáfora (sobre lixo na rua, ou sobre política);

l) De cama e Propaganda (do mês que passei doentinho na cama, vendo televisão 24 horas por dia);

m) Luta de classes (sobre o então recentemente iniciado "caos aéreo" — não tem umas aspas maiores neste teclado não?);

n) Quase desistindo (todo blogue passa por crises existenciais, não passa? Então, mas olha só o resultado da enquete: um massacre!);

o) Christmas resistance (texto bastante pessoal sobre o natal);

p) Carnaval (favor não levar a sério nada do que está escrito lá, ok?);

q) Ingênuo, eu? (sobre Saramago e Paul Auster);

r) Sábado (sobre o livro de McEwan);

s) Nova metodologia (se eles podem, eu também posso).


Uau, quase 20 posts. Acho que me empolguei. Ah, mas relê aí ao menos uns três ou quatro, vai.
Ou, se não, entra lá no A Letra Mata, que vamos começar a discutir algumas coisas importantes sobre as diferenças entre o português falado no Brasil e o português europeu.

Abraços e beijos!